Pessoal segue umas dicas e explicaçoes que tenho em meu site de como se portar em uma viagem em grupo.
Na estrada, as motos devem ocupar uma faixa da pista, alinhadas em duas filas indianas, paralelas e intercaladas, evitando-se o emparelhamento de motos. Cada motociclista deve sempre cuidar para estar em posição diagonal em relação ao imediatamente à sua frente – não deve tentar ‘corrigir’ os erros dos outros. Se por qualquer razão a moto à sua frente mudar de lado, fazer o mesmo (sinalizando com o pisca-pisca) de modo a assegurar a formação alternada. Cada motociclista deve assegurar que o da frente pode vê-lo pelo retrovisor – basta assegurar que você consegue ver o capacete do piloto no espelho da moto à frente. Atenção: estamos falando da moto que está diagonalmente à sua frente e não aquela diretamente em frente. Se a velocidade aumenta (mais de 100-110 km/h), essa distância deve ser ampliada para proporcionar maior espaço de frenagem.
Em todo grupo temos o Ponteiro, o Ferrolho e o Miolo:
Ponteiro: Vai à frente do grupo
Ferrolho: Vai atrás do grupo
Miolo: Todos que estão entre o ponteiro e o ferrolho.
O ponteiro e o ferrolho devem ser os motociclistas mais experientes do grupo. Além disso, a moto do ferrolho deve ter bom desempenho, para que ele possa ultrapassar o bonde e atingir rapidamente o ponteiro em caso de problemas. O motociclista menos experiente e/ou a menor moto devem seguir diretamente atrás do ponteiro, e estabelecem os limites de grupo em termos de número de paradas e velocidade de cruzeiro. O ponteiro deve ficar sempre do lado esquerdo da faixa, para facilitar sua visão do bonde e das condições de tráfego da estrada.
O Ponteiro: Define os caminhos e velocidade do bonde.
Deve conhecer o percurso a ser seguido ou ter estudado cuidadosamente o mapa para poder orientar o bonde. Dosa a velocidade geral e mantém o agrupamento. Sinaliza com antecedência antes de mudar de pista para ultrapassagem, calculando a distância do veículo e o tamanho do grupo para que não haja redução de velocidade cruzeiro e muito menos ‘quebra’ da formação.
Sinaliza com antecedência também antes de entrar em vias para evitar que alguém perca a entrada. Vai para a faixa da direita para dar ultrapassagem a veículos mais rápidos apenas quando tiver espaço suficiente para o grupo todo entrar, e analisa se é cabível mudar de faixa naquele momento, ou aguardar para que a pista da direita esteja mais livre para não ter diminuição de velocidade. Nesse caso, quando todos estão com seta para a direita, o ponteiro contesta mantendo seta para esquerda indicando que ainda não é o momento de dar passagem.
O Ferrolho: O ferrolho é tão ou mais importante que o ponteiro para a boa condução do grupo na estrada, principalmente grupos grandes.
Segura os veículos que porventura quiserem ultrapassar o grupo, e deve sinalizar com o pisca para direita. Após todo o grupo ter mudado de faixa, o ferrolho também muda, liberando o veículo. Se perceber que ninguém está dando a seta, fazer sinal com o farol alto para que percebam. Do mesmo jeito, assim que o ponteiro der seta para esquerda, o ferrolho deve entrar à esquerda para segurar os veículos, e sinalizar para o resto do grupo a pista livre. Ao perceber algum problema com o grupo, deve acelerar até o ponteiro e comunicar. Esse comportamento só deve ser adotado em caso de problemas que não obriguem a parada ou redução de velocidade do bonde – nesses casos é melhor que o bonde reduza ou pare e que o ponteiro controle esse comportamento pelo retrovisor.
O Miolo:
Deverão indicar as sinalizações de pisca, situação de estrada e sinais gerais (entrar a esquerda / direita com o braço, formação única, etc.) além de não permitir, até onde sua segurança e a do bonde não sejam comprometidas, que outro veículo entre no meio da formação.
Particularmente importante é a reprodução dos sinais de pisca-pisca, principalmente do ferrolho, para que o ponteiro fique sabendo o que o ferrolho sinalizou.
Manobras básicas:
Alguns grupos mantêm a mesma formação durante todo o percurso. Nossa opção é deixar cada um tomar a formação que quiser, alternando o miolo porem mantendo o ponteiro e o ferrolho, salvo segunda ordem.
Algumas pessoas gostam de dar esticadas com a moto, seja para tirar fotos ou simplesmente querer correr um pouco mais, sendo necessário sair da formação do grupo. Isso pode ser feito sem nenhum problema, bastando apenas avisar o ponteiro.
Do mesmo modo, os que precisarem parar para atender ao telefone, ajeitar algo que está incomodando ou qualquer coisa do gênero, que não necessite de muito tempo, deverá avisar o ponteiro e o ferrolho que irá encostar e ficar um pouco para trás, sem necessidade de parar todos. O ponteiro deverá então diminuir a velocidade de cruzeiro, até que a pessoa que precisou parar o alcance e indique que já está de volta no grupo.
É importante que quem parou avise o Ponteiro que já regressou ao grupo pois sem este informação o Ponteiro irá manter a velocidade baixa e ficará preocupado com a demora do integrante.
As Ultrapassagens:
Quando o ponteiro precisar mudar de faixa da direita para esquerda para fazer uma ultrapassagem, ele deve ligar a seta e todo o resto do grupo faz o mesmo. Entretanto ninguém muda de faixa até que o ferrolho entre primeiro na esquerda para impedir que algum carro passe e indique que o grupo todo pode mudar de faixa em segurança.
Retorno à faixa da direita:
Quando o ferrolho indicar que o grupo precisa ir para a direita para dar passagem, ao ligar a seta para a direita todos devem fazer o mesmo. Idealmente, a penúltima moto deve entrar para a direita assim que o ponteiro der seta também, para impedir que algum carro ultrapasse pela direita. Após todos entraram o ferrolho libera a passagem.
As Ultrapassagens em estradas de mão dupla:
Nesse caso é praticamente impossível assegurar espaço suficiente para que todo o bonde ultrapasse em bloco. Nestes casos proceda com a seguinte seqüência:
O Ponteiro sinaliza a ultrapassagem e a realiza. Após passar o veículo ultrapassado, ele permanece na esquerda, com o pisca esquerdo ligado, enquanto não houver veículo vindo em sentido contrário, de forma a sinalizar aos motociclistas seguintes do bonde que eles podem ultrapassar. Quando ele voltar para a direita, as motos que ainda não ultrapassaram devem imediatamente deixar de tentar a ultrapassagem. Se possível o último motociclista do bonde que já ultrapassou deve se colocar na faixa da esquerda para indicar ao restante do bonde que pode ultrapassar. Se necessário o ponteiro deve reduzir a velocidade até ter certeza que todo o bonde ultrapassou. Entretanto, essa redução de velocidade não pode ser tal que acabe não deixando espaço à frente do veículo ultrapassado para entrada das motos que vêm de trás.